THIAGO DE MELLO - A Fruta Aberta


Agora sei quem sou.
Sou pouco, mas sei muito,
porque sei o poder imenso
que morava comigo,
mas adormecido como um peixe grande
no fundo escuro e silencioso do rio
e que hoje é como uma árvore
plantada bem alta no meio da minha vida.


Agora sei as coisa como são.
Sei porque a água escorre meiga
e porque acalanto é o seu ruído
na noite estrelada
que se deita no chão da nova casa.
Agora sei as coisas poderosas
que valem dentro de um homem.


Aprendi contigo, amada.
Aprendi com a tua beleza,
com a macia beleza de tuas mãos,
teus longos dedos de pétalas de prata,
a ternura oceânica do teu olhar,
verde de todas as cores
e sem nenhum horizonte;
com tua pele fresca e enluarada,
a tua infância permanente,
tua sabedoria fabulária
brilhando distraída no teu rosto.


Grandes coisas simples aprendi contigo,
com o teu parentesco com os mitos mais terrestres,
com as espigas douradas no vento,
com as chuvas de verão
e com as linhas da minha mão.

Contigo aprendi
que o amor reparte
mas sobretudo acrescenta,
e a cada instante mais aprendo
com o teu jeito de andar pela cidade
como se caminhasses de mãos dadas com o ar,
com o teu gosto de erva molhada,
com a luz dos teus dentes,
tuas delicadezas secretas,
a alegria do teu amor maravilhado,
e com a tua voz radiosa
que sai da tua boca
inesperada como um arco-íris
partindo ao meio e unindo os extremos da vida,
e mostrando a verdade
como uma fruta aberta.
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4 ATITUDES QUE FAZEM A DIFERENÇA

Qualquer que seja seu objetivo, essas táticas 
podem ser úteis para conquistá-lo

Ter um novo hábito, como entrar em forma ou ler mais clássicos, por exemplo, geralmente requer escolher entre algo agradável, familiar e outra coisa que não seja (pelo menos inicialmente) tão prazerosa assim. O que piora a situação é que a maioria das pessoas subestima a dificuldade de manter a força de vontade, o que geralmente as coloca em apuros. A Mente e Cérebro traz quatro dicas baseadas em evidências científicas que te ajudam a ultrapassar os obstáculos e alcançar suas metas.

1. Mantenha expectativas realistas
Visualize você mesmo atingindo seu objetivo. Em seguida, pense nos obstáculos específicos que irá enfrentar e imagine formas de superá-los. Novamente volte a se ver atingindo o sucesso.

Evite situações que desencadeiem hábitos que você deseja superar. Por exemplo: se quer deixar de fumar e sempre tem vontade de acender um cigarro após tomar café troque a bebida por água chá ou suco.

Não seja intransigente, perdoe-se; se você escorregar, refaça seu compromisso e siga em frente.

2. Descubra o que motiva você
Pense em como essas mudanças podem ajudá-lo a se tornar a pessoa que você pretende ser, mais saudável e com mais possibilidades.

Tente encontrar maneiras divertidas para seguir em direção ao seu objetivo. Por exemplo, se dê pequenos presentes (que não sabotem seu propósito a cada etapa vencida).

Imagine maneiras de alcançar seus objetivos que possam fortalecer seus relacionamentos com outras pessoas.

Encontre formas de medir seu progresso e acompanhar suas realizações. Uma possibilidade é manter um registro diário de poucas linhas a respeito de como se sente. Algumas pessoas criam blogs para partilhar a experiência.

3. Dê um passo de cada vez
Seja flexível até encontrar a melhor forma de incorporar novos hábitos. Ajuste pequenos prazos e objetivos que favoreçam uma mudança maior e crie planos alternativos.

4. Formule planos de ação
Prepare-se para situações específicas. No caso de alguém que não deseja mais comer carne, uma saída é pensar com antecedência o restaurante ao qual pretende ir para garantir opções vegetarianas no cardápio. Em caso de uma viagem para uma cidade desconhecida é útil planejar antes de sair de casa. Se a ideia é parar de fumar, pense com antecedência no que responderá quando alguém lhe oferecer um cigarro. Assim, um simples “Não, obrigado” pode ser dito mais natural e espontaneamente – e despertar menos ansiedade.
Marina Krakovsky - Revista Mente & Cérebro
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A ARTE DE SER FELIZ SOZINHO(A) - Leonardo Filomeno

“Solteira(o) não é um status. 
É uma descrição para uma pessoa forte o suficiente 
para viver e aproveitar a vida sem depender dos outros”

Inevitavelmente você vai se deparar com esta situação. Depois de muito planejar sua vida ao lado de outra pessoa, descobre que não existe o menor sentido de vocês dois compartilharem os mesmos planos, objetivos e sentimentos. Acabou. Chegou a hora pegar seu violão, desfazer a parceria e encarar a carreira solo.

Neste momento, é como se uma retrospectiva da sua vida passasse diante dos seus olhos. O que eu fiz comigo todos estes anos? O que vou fazer da vida? E como continuar sem ela(e) do meu lado? Se existe um conforto que eu posso te dar é este: Não há dor que não acabe, ferimento que não cicatrize e página que não possa ser virada.

Existe até um estudo feito na Universidade de Auckland (Nova Zelândia) que contraria uma máxima cantada por Tom Jobim: Sim, é possível ser feliz sozinho(a). A psicóloga Yuthika Girme, autora do estudo realizado com 4 mil pessoas de 18 a 94 anos aponta que: “Mesmo as melhores relações podem ser difíceis, expondo o indivíduo a mágoas e decepções”. Em muitos casos, os envolvimentos são motivos de ansiedade e depressão. Para algumas pessoas, o melhor a fazer e deixar isto de lado e procurar a paz sozinha.

“Embora ainda exista pressão para você namorar ou casar, a solteirice está se tornando cada vez mais comum e nem sempre é sinônimo de insatisfação ou tristeza”, diz Girme. Por esta razão, decidi apontar algumas verdades para te ajudar nesta nova empreitada de ser feliz sozinho.

Ser solteira(o) é ter tempo para ser você mesmo, com você mesmo.
Finalmente você encontrou algum tempo para você. Este é o momento para se reconectar consigo mesmo, entender as suas necessidades, debater todas as dúvidas e buscar as respostas que você sempre deixou de lado durante um relacionamento. Viver sozinho(a) permite fazer o que queremos, quando queremos, em nossos próprios termos. Ele nos liberta das restrições de necessidades e demandas de uma parceira e nos permite concentrar em nós mesmos. Este é um grande momento de reflexão e aceitação. Permita-se ser quem você quiser.
Se você não deixar o passado ir embora, nunca vai viver o presente.
Você sempre terá boas lembranças dos(as) “ex”, principalmente se o último rompimento não foi da forma que você planejava. Mas, você precisa deixar o passado em seu devido lugar. Você pode guardar um espaço para as coisas que foram importantes na sua vida, os momentos de alegria e felicidade ao lado de outra pessoa, mas precisa parar de se agarrar a eles como se fosse a única tábua de salvação. Só assim você vai conseguir viver o hoje, construir novas histórias e ter forças para o dia seguinte.

Só depois de ter perdido tudo é que você é livre para descobrir o que falta.
Quantas vezes adiamos projetos de vida, sonhos, vontades e realizações profissionais porque eles são incompatíveis com a vida com a sua companheira(o). Parte do relacionamento é ceder e conciliar. Agora que está sozinho(a), você tem a oportunidade de retomar todos os planos adiados, colocar todas as suas energias em projetos só seus (e colher delas). Use este tempo para suas coisas.

Mudanças podem ser boas.
O ser humano tem o medo de mudar. Às vezes, a mudança é muito benéfica para ele, mas o receio do novo, de adquirir novos hábitos, o fazemele temer. Encare a mudança como uma nova oportunidade. Para fazer novas atividades, frequentar novos ambientes, começar novos projetos, viajar, conhecer novas pessoas e culturas.

Ser solteiro(a) não é ter medo de se relacionar.
Não é porque você teve uma experiência negativa em um relacionamento que nunca mais vai se envolver novamente. Guarde um tempo para si e para entender os erros e acertos da vida. Saiba que manter seu coração peludo não vai blindá-lo a ponto de evitar novos sofrimentos, mas pode afastá-lo de pessoas que realmente valem a pena estarem ao seu lado.

Você não está sozinho quando está solteiro.
 Este é o momento certo para você aproveitar melhor o seu tempo com seus familiares e verdadeiros amigos. Eles estarão lá para te receber, apoiar e ficar ao seu lado, independente do que aconteça. Lembre-se que agora você não tem horário reservado e nem dias da semana com outro compromisso a não ser você. Use o tempo livre para retomar antigas amizades, passar mais tempo com seus velhos e irmãos. Dedique-se um tempo para quem gosta de você.

É um momento para se concentrar em si mesmo.
Às vezes, estar em um relacionamento pode torná-lo(a) preguiçoso(a) para seu desenvolvimento pessoal. Você pode se acomodar em seus objetivos e deixá-los para trás. Estar sozinho é o momento para você olhar profundamente dentro de si mesmo e identificar a pessoa que você realmente quer ser – sem a influência de uma outra pessoa para você se preocupar.

Alguém legal pode aparecer no seu caminho se você estiver aberta(o) para isso.
Você só vai conhecer a felicidade no futuro e no presente, se você estiver aberto(a) para isso. Se isolar do mundo, maldizer a vida, os foras que levou ou a situação em que você se encontra não vai melhorar em nada sua situação atual. Só piorar Não espere que as coisas ou oportunidades caiam do céu. Esteja preparado(a) para quando elas chegarem.

A vida é um eterno equilíbrio.
Quando algo ruim acontece, temos a tendência a concentrar-se nos aspectos negativos, esquecendo-se de que deve haver algo de positivo escondido em algum lugar no caos. Com o tempo, você pode descobrir que aquela parceira(o) que você tanto gostava te impedia de ser quem você realmente é ou que você não era a melhor pessoa para fazer sua antiga companheira feliz. O importante é você saber que pode levar uma vida feliz e gratificante, não importa se você é um solteiro(a) convicta(o), recém-separado(a), divorciada(o), ou qualquer coisa que o valha. E, principalmente, que para fazer alguém feliz, é preciso estar feliz consigo mesmo.

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AUGUSTO CURY - Resgatar o Prazer de Viver


 É possível resgatar o prazer de viver, é possível treinar a emoção para ser jovem, desprendida, livre, feliz.

Primeiro: Contemple o belo nos pequenos eventos da vida.
Tenha sempre atividades programadas fora da sua agenda pelo menos uma vez por semana. Valorize aquilo que o dinheiro não compra e que não dá prestígio.
Treine dez minutos por dia a contemplar a anatomia das flores, a gastar tempo a ver o brilho das estrelas, a experimentar o prazer de penetrar no mundo das pessoas.
Não viva em função de grandes eventos, aprenda a extrair o prazer dos pequenos estímulos da rotina diária.

Segundo: Irrigue o palco da mente com pensamentos agradáveis.
Treine trazer diariamente à sua memória aquilo que lhe traz esperança, serenidade e encanto pela vida. Pense em conquistar pessoas e em superar os seus obstáculos. Pense em ser íntimo do Autor da vida e conhecer os mistérios da existência.
Os seus maiores inimigos estão dentro de si. Não se deixe derrotar ou perturbar por pensamentos que lhe roubam a tranquilidade e o prazer de viver.
Treine ver o lado positivo de todas as coisas negativas. Os negativistas veem os raios, os que renovam a emoção veem a chuva; os negativistas veem o caos e os que renovam a emoção veem uma oportunidade de começar tudo de novo.

Terceiro: Pense como um adulto e sinta como uma criança.
Treine pensar com lucidez, serenidade e consciência, mas tenha a simplicidade e a espontaneidade de uma criança.
Treine ser uma pessoa agradável na sua empresa ou família. Cumprimente todas as pessoas do ambiente, aperte as suas mãos e sorria. Uma pessoa é mais jovem emocionalmente quanto mais agradável for.

Quarto: Não faça o velório antes do tempo, não sofra por antecipação.
Pense nos problemas e nas situações que ainda não aconteceram o suficiente para planear determinadas atitudes, mas jamais gravite em torno deles.
Os que sofrem por antecipação treinam a infelicidade, gastam uma energia vital, fazem das suas vidas um canteiro de preocupações e stress.

Quinto: Proteja a sua emoção nos focos de tensão.
Não faça da sua emoção um balde de lixo social. Treine protegê-la nos focos de tensão, não permita que as ofensas, as perdas e as frustrações invadam a sua emoção.
Você deve ser um pequeno peixe num mar de tensão. Está no mar, mas o mar não está em si. Não se esqueça de que pensar muito aumenta a ansiedade e a ansiedade crónica envelhece a emoção.

Sexto: Não seja carrasco de si mesmo.
Não coloque metas inatingíveis para si. Reconheça a sua falibilidade. Mesmo não querendo errar, acabará por falhar muitas vezes. Falhará, talvez, até em lições que já aprendeu.
Não se destrua por causa de sentimentos de culpa nem cobre aos outros o que eles não podem dar.

Comece tudo de novo quantas vezes for necessário. Aprenda a ser compreensivo e paciente consigo mesmo. Os que são carrascos de si mesmos encurtam a primavera da emoção.

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QUEM NÃO AMA A SOLIDÃO, NÃO AMA A LIBERDADE - Arthur Schopenhauer

Nenhum caminho é mais errado para a felicidade do que a vida no grande mundo, às fartas e em festanças (high life), pois, quando tentamos transformar a nossa miserável existência numa sucessão de alegrias, gozos e prazeres, não conseguimos evitar a desilusão; muito menos o seu acompanhamento obrigatório, que são as mentiras recíprocas.

Assim como o nosso corpo está envolto em vestes, o nosso espírito está revestido de mentiras. Os nossos dizeres, as nossas ações, todo o nosso ser é mentiroso, e só por meio desse invólucro pode-se, por vezes, adivinhar a nossa verdadeira mentalidade, assim como pelas vestes se adivinha a figura do corpo.

Antes de tudo, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.

A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for à própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.

Ademais, quanto mais elevada for a posição de uma pessoa na escala hierárquica da natureza, tanto mais solitária será, essencial e inevitavelmente. Assim, é um benefício para ela se à solidão física corresponder à intelectual. Caso contrário, a vizinhança frequente de seres heterogêneos causa um efeito incômodo e até mesmo adverso sobre ela, ao roubar-lhe seu «eu» sem nada lhe oferecer em troca.

Além disso, enquanto a natureza estabeleceu entre os homens a mais ampla diversidade nos domínios moral e intelectual, a sociedade, não tomando conhecimento disso, iguala todos os seres ou, antes, coloca no lugar da diversidade as diferenças e degraus artificiais de classe e posição, com frequência diametralmente opostos à escala hierárquica da natureza.

Nesse arranjo, aqueles que a natureza situou em baixo encontram-se em ótima situação; os poucos, entretanto, que ela colocou em cima, saem em desvantagem. Como consequência, estes costumam esquivar-se da sociedade, na qual, ao tornar-se numerosa, a vulgaridade domina.
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ROBERT KURZ - O HOMEM REDUZIDO

Ciências e economia se unem hoje contra 
a reflexão crítica sobre a sociedade

Quando o físico e romancista britânico Charles P. Snow avançou em 1959 sua tese das "duas culturas", com ela não somente conquistou um eco universal, mas cunhou também um topos da discussão cultural e sociopolítica. As "duas culturas" são a oposição entre os mundos da ciência humana e da literatura, de um lado, e, de outro, os da técnica e da ciência natural, mundos estes que, desde o século 19, se apartam cada vez mais. A controvérsia que se instaurou a respeito, todavia, permaneceu um tanto superficial. Isso porque o problema decisivo, a radicação das duas "culturas" antagônicas numa determinada ordem social histórica, quase não foi posto em litígio.

O debate sobre a tese de Snow referiu-se mais à relação das ciências naturais com a literatura e a filologia, e menos à relação das ciências naturais com a teoria social. Snow, é verdade, ao complementar seu estudo em 1963, admitiu que talvez se pudesse ainda falar de uma "terceira cultura", mas isso não passou de um comentário marginal.


O discurso sobre as "duas culturas" toldou, nesse sentido, o verdadeiro problema, ao concentrar-se não numa luta por posições entre as ciências naturais e as ciências humanas, mas na relação polar entre as ciências naturais e os procedimentos artístico-literários. Essa oposição pôde assumir o aspecto de uma desavença familiar dentro da intelligentsia burguesa, na qual a ciência natural, uma espécie de irmã mais velha ajuizada, levava a melhor sobre os representantes da "intelligentsia estética", a quem se podia facilmente tachar de "analfabetos da ciência".


No fundo, o debate sobre as "duas culturas" já pressupõe que "a" ciência seja a ciência natural. A possível batalha pelo primado entre a teoria social e as ciências naturais foi decidida a favor das últimas, antes mesmo que pudesse ter início. A questão da "terceira cultura" foi em grande parte ofuscada. Como mostrou a "querela do positivismo" na sociologia alemã -travada também nos anos 60 entre os minoritários da "teoria crítica" de Adorno e Horkheimer, de um lado, e, de outro, a ciência humana oficial-, o "mainstream" das ciências sociais há muito se pôs do lado dos fundamentos e métodos ditados pelas ciências naturais.


Ao emancipar-se desse positivismo das ciências naturais e converter-se em crítica radical da sociedade ou implicar essa última, no fundo a teoria social deixa de ser uma "disciplina" acadêmica. Isso se deve, claro, ao caráter institucional do próprio modelo científico, que por sua forma é "ritualizado" à moda burguesa e não possui vocação de crítica radical, sendo antes parte integrante da ordem vigente com sua falsa pretensão de objetividade.


Se no declínio da ordem pré-moderna foram sobretudo as novas ciências naturais que, modificando a concepção de mundo, causaram escândalo e acabaram perseguidas pelas autoridades, durante a história de modernização capitalista foi a teoria social, por sua vez, que passou a ser objeto potencial de perseguição, fosse diretamente pelo Estado e pela polícia, fosse mais sutilmente pelos critérios restritivos (tanto de conteúdo quanto de método) da "reputação científica". Por isso, inovações relevantes da crítica social na modernidade, semelhantes -na forma- à criativa "boemia" artística, não raro surgiram fora ou à margem da ciência oficial, a exemplo de Rousseau no século 18, Marx no século 19 e a "Teoria Crítica" ou mesmo os situacionistas franceses (Guy Debord) no século 20.

O neomarxismo acadêmico dos anos 70, boa parte dele estéril, só pôde dissimular por alguns momentos -fenômeno da moda que era- o fato de a teoria crítica da sociedade no fundo representar pouco mais que uma "gata borralheira" da academia, como já se evidenciara no debate mais ou menos paralelo sobre as "duas culturas". Hoje a crítica radical da sociedade desapareceu quase totalmente da ciência acadêmica. Como último resquício de um pensamento social irredutível ao paradigma das ciências naturais restou apenas a chamada "ética", uma "doutrina do comportamento" de todo acrítica, individualista e institucional em relação ao capitalismo, a qual se insinua como modesta oficina de reparos para colisões sociais. A "empresa ética" que grassa hoje é o retrato da teoria social acadêmica após sua capitulação incondicional.


As disciplinas históricas e sociológicas são segregadas tanto em termos de método quanto de conteúdo, são quase "perfumaria". O triunfo da ciência natural sobre o pensamento crítico da sociedade e sua entronização como "a" ciência não é obra do acaso. Isso porque a ciência natural moderna e a ordem social capitalista dominante têm uma origem histórica comum. A ciência natural foi de certo modo a "ciência caseira" do capitalismo ascendente, foi ela que forneceu um paradigma para uma "objetividade" sem sujeito. A ela pôde atrelar-se a apologética economia política, que representava de certa forma o "cavalo de Tróia" do pensamento das ciências naturais na teoria social. Desde o princípio, ciência natural e economia uniram-se contra o pensamento de crítica social, para afinal expulsá-lo de vez do panteão da ciência moderna.


O triunfo da ciência natural e da economia pseudocientífica sobre a crítica social revela-se em dois pontos comuns e essenciais de seus "métodos": funcionalismo, de um lado, e reducionismo, de outro. Funcionalismo significa não se perguntar pelo fundo, mas somente pela forma, pelo modo de "funcionar", ao passo que a essência, o "sentido", o verdadeiro âmago do objeto é pressuposto sem reflexão e permanece à parte do interesse científico, um caso para a "infrutífera metafísica", para a religião, para a "opinião" meramente subjetiva.


Na "ciência", os objetos dissolvem-se em suas funções. Na práxis social, trata-se daquela "razão instrumental" criticada por Horkheimer e Adorno, que dá margem a manipulações segundo o fim tautológico cegamente pressuposto da valorização do capital, em que tanto a ciência natural e a técnica quanto a economia teórica acham-se banidas.


Reducionismo significa, ao menos segundo a intenção, que objetos e formas de ordem superior sejam reduzidos a meras "combinações" de objetos e formas de ordem inferior. Economia e ciência natural concordam em grande parte que espírito, cultura e sociedade possam remontar a elementos biológicos ou mesmo econômicos (funções), e esses, por sua vez, a elementos físicos. A consciência humana, o pensar e as formas de interação social a eles conexas devem ser reduzidos a processos neurobiológicos no cérebro.


A famigerada "fórmula universal" buscada pelos físicos seria o coroamento desse reducionismo. Que só poderia ser, no entanto, uma fórmula vazia, pois a consciência resulta tão pouco da descrição de processos neurobiológicos quanto o conteúdo de um livro, digamos, sobre os descalabros intelectuais da ciência natural e da economia resulta da descrição da técnica de impressão gráfica, da estrutura molecular do papel utilizado ou dos pigmentos das letras impressas. A consciência supõe "significado" de conteúdo, e isso é "fundo", não "forma", que jamais é idêntico à execução de funções neurobiológicas. Com relação ao "significado" e ao conteúdo, a pesquisa científica neurológica só pode expor-se ao ridículo.


Algo semelhante ao reducionismo das ciências naturais afeta o pensamento econômico. Desde as hoje ressuscitadas "leis populacionais" de um Malthus, passando pela doutrina sociodarwinista do "survival of the fittest" (sobrevivência do mais apto), até a suposta predisposição "genética" à pobreza, ele biologiza a sociedade para então novamente dissolver esse reino animal de seres humanos em categorias pseudofísicas, tais como um mecanismo "natural" de preço, um "desemprego natural" (Friedman) etc.


Tanto para a natureza quanto para a sociedade, o enlace desse funcionalismo reducionista com esse reducionismo funcional desenvolve potenciais destrutivos. É por isso que a ciência natural e a economia, apesar de seu patente sucesso na manipulação do homem e da natureza, acabou por não trazer melhora nenhuma às condições de vida. A economia não se cansa de produzir novos surtos de pobreza e crises, a ciência natural, novos "artefatos de destruição". 


Mas esse infeliz resultado não remonta a um "abuso" contingente, a uma simples "utilização" equivocada da "cientificidade" legítima, antes está radicado nos próprios procedimentos, nos axiomas e no sistema de categorias da ciência natural e da economia. Não estamos às voltas aqui com uma objetividade absoluta e a-histórica, senão com um mundo filtrado pelas formas do moderno sistema produtor de mercadorias, que se fazem passar por um a priori absoluto não apenas no pensamento econômico, mas também no científico.


Para poder criticar, no interesse da emancipação humana, esse nexo categórico entre a ciência natural e a economia de produção mercantil, temos de evitar diversas armadilhas. Não é uma alternativa, por exemplo, criticar o pensamento físico mecanicista desde Descartes em nome de um "organicismo" biológico, tal como tentou a chamada filosofia da vida na virada do século passado.


Isso não seria mais que jogar o reducionismo biológico contra o físico (com as reacionárias consequências sociopolíticas de praxe), em vez de formular propriamente uma crítica do reducionismo científico. O escândalo do paradigma científico é duplo: em última análise, ele não é capaz de distinguir nem entre objetos mortos e vivos, nem entre biologia e sociedade. Ambos os aspectos desse processo duplo de redução científica devem ser criticados para superar o nefasto discurso econômico-científico.


Também não é uma alternativa buscar refúgio num cosmos religioso da pré-modernidade reproduzido sinteticamente. Uma ordem simbólica desse tipo, com uma cosmovisão coerente, faz parte irrevogável da história; toda tentativa de reavivá-lo só pode redundar num obscurantismo ainda mais irracional. A embromação da indústria esotérica, comercializada a extremos, não supera o reducionismo (e funcionalismo) econômico-científico, antes só o complementa.

Não raro, são os próprios cientistas e economistas que cultuam seu "deus pessoal" ou lêem sua sorte nas cartas. O objetivo não pode ser um recuo reacionário a formas de reflexão anteriores à ciência moderna, mas somente um avanço para além delas. Ora, a forma dessa crítica é necessariamente a teoria social, cuja esfera de aplicação devia ser estendida às ciências naturais, ou melhor, às raízes históricas comuns do capitalismo, da ciência natural e da economia teórica.

Não se trata simplesmente de negar os conhecimentos científicos atuais ou aceitar "lado a lado", sem reflexão, práticas culturais divergentes, tais como a magia das danças da chuva e a meteorologia moderna, como sugeriu Paul Feyerabend, antigo teórico positivista da ciência, após o colapso de sua imagem científica do mundo. Um caso ainda pior é o do físico norte-americano Fritjof Capra, que traça paralelos superficiais entre a mística do Extremo Oriente e a física moderna, reunindo-as num moralismo raso.


A tarefa é muito mais complicada. Cumpre "historicizar" a ciência natural e submetê-la a uma auto-reflexão social: ela não é uma relação imediata "do" ser humano com a natureza "objetiva", antes vem sempre filtrada pelo caráter social dos sujeitos que percebem e pesquisam. A ciência natural, claro, não é uma ciência da sociedade, e isso pelo próprio âmbito de seu objeto, mas é, sim, uma ciência social, devendo ser apreendida, nesse sentido, como fenômeno de uma certa "subjetividade histórica" -e seus axiomas, categorias e procedimentos, decifrados como formas sociais de percepção.


Esta, portanto, é a grande questão: em que consiste, do prisma da teoria do conhecimento e da práxis social, de uma "visão de mundo", o nexo formal comum e historicamente limitado entre capitalismo e ciência natural, nexo este que cabe ser superado? A tarefa consistiria, nesse sentido, em vincular a crítica à pseudo-objetividade das categorias econômicas modernas a uma crítica correspondente à forma socialmente mediada das ciências naturais, a fim de "enxergá-las" de alto a baixo com as lentes da crítica social, pulverizando a interpretação sociotecnológica ou sociobiológica e evidenciando seu âmbito de aplicação limitado. 


Há muito tempo a própria física chegou a seus limites, que simplesmente não são reconhecidos como limites histórico-sociais. Talvez o previsível fiasco da "fórmula universal" seja a gota d'água para que a ciência natural comece a tomar consciência crítica de sua forma social negativa.Para desvendar o caráter irracional da moderna racionalidade econômica e científica, os teóricos da sociedade teriam, é claro, de superar seu "analfabetismo" científico, e os cientistas, seu "analfabetismo" social. Uma tal perspectiva exige também uma crítica social do modelo científico.O sistema dos "especialistas bitolados", inflexível como é, não produzirá mais novos conhecimentos que abalarão o mundo.

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A CULPA FOI DO COMPUTADOR


«Foi lapso informático!» Há quanto tempo não ouvíamos uma desculpa esfarrapada destas? Há muito, mas esta foi a única justificação que o responsável pelo Plano Nacional de Leitura deu para a inserção do livro de ValterHugo Mãe «Nosso Reino», nas recomendações de leitura para os alunos do 8.ºano.
Ora, como toda a gente sabe, os lapsos informáticos só se descobrem quando não há outra justificação para dar sobre um erro humano cometido. A comissão do PNL percebeu rapidamente a indignação geral. Aos puritanos do costume juntaram-se as vozes do bom senso que disseram o óbvio: o romance do Valter Hugo Mãe até pode ser bom (que o é), mas aquela linguagem não é própria para um adolescente de 13 anos. É verdade. E foi isso e só disso que o lapso informático veio desculpar-se. O PLN pede desculpa por ter recomendado o livro para adolescentes de 13/14 anos; na verdade, queria recomendá-lo a jovens de 16/17 anos.

Os pais do Liceu Pedro Nunes já podem dormir descansado, a sensibilidade dos filhos já não será mais ofendida, porque ler “aquela coisa abjeta” três anos mais velho passa a fazer sentido. Até lá, os pais vão preparar o espírito dos jovens e adolescentes para parágrafos tão feios quanto aqueles.
Entretanto, o pessoal entendido em literatura sempre podia dar uma vista de olhos no “Nosso Reino”, passar à frente os parágrafos sacrílegos e deixar uma opinião abalizada. Nos intervalos das leituras podem aproveitar para dar uma espreitadela aos portáteis, tablets e smartphones dos filhos e das filhas e verificar que tipo de fotos (in)decentes andam a postar, os vídeos que trocam entre si nos chats, os sites que visitam, os filmes que veem. Depois voltem ao livro do Valter Hugo Mãe, leiam os parágrafos da polémica e comparem.

É uma tarefa que dá o seu trabalho, mas verão que vão ficar a saber coisas interessantes sobre literatura e os próprios filhos.  
GAVB

MINHA COMPANHIA ME BASTA. NÃO É TRISTEZA, É INTROSPECÇÃO - Saulo Oliva


Por hoje não me importo que o tempo passe, que as horas avancem e que logo venha o anoitecer. Não tenho pressa de me ter como companhia, de me aconchegar no meu abraço e de sentir o meu calor. Faz tanto tempo que não me encontro, mas sei que é só me chamar que continuo bem-vindo. Até posso no início ficar um pouco tímido e embaraçado, mas não esquento porque sei que logo logo vou estar em casa.

Aí quando volto para o meu aconchego, fica tudo certo. Vem aquela calma que no meu silêncio só eu posso sentir. Tudo que está fora de mim vem cá pra dentro e o que está dentro vai para fora – aquela ideia que já estava ali parada faz tempo, aquela força que eu precisava para mais uma manhã de caminhada, inclusive o amor que fui adiando e escondendo lá no fundo, agora aparece e desabrocha.

Me dou conta que não preciso de muito, apenas de um momento comigo, calmo e sereno. Tudo que estava solto, começa a encontrar um novo lugar para se encaixar. E, de repente, me percebo inteiro, como de fato sou. Por hoje me basta estar inteiro com a minha companhia. Amanhã se eu me soltar, marco de novo um novo encontro.

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T.S. ELIOT - Crescimento Cultural

Como indivíduos, verificamos que o nosso desenvolvimento depende das pessoas que conhecemos no curso da nossa vida (essas pessoas incluem os autores cujas obras lemos e as personagens, tanto da ficção como da história).

O benefício desses encontros é devido tanto às diferenças como às semelhanças, tanto ao conflito como à simpatia entre pessoas. Feliz é o homem que, no momento oportuno, encontra o amigo adequado; feliz também o homem que, no momento adequado, encontra o inimigo adequado.

Não aprovo o extermínio do inimigo; a política de exterminar ou, como se diz barbaramente, liquidar o inimigo constitui um dos mais alarmantes desenvolvimentos da guerra moderna e, também, da paz moderna, do ponto de vista de quem deseja a sobrevivência da cultura. Precisamos do inimigo. Assim, dentro de certos limites, o atrito, não só entre indivíduos mas também entre grupos, parece-me necessário à civilização.

A universidade da irritação é a melhor garantia de paz. Um país dentro do qual as divisões tenham ido demasiado longe é um perigo para si próprio; um país demasiado unido - seja por natureza ou por intenção, por fins honestos ou por fraude e opressão - é uma ameaça para os outros.
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A AMIZADE TEM QUE SER EXERCITADA - Simone Weil

É um erro desejar ser compreendido antes de se ser elucidado por si mesmo a seus próprios olhos. É procurar prazeres na amizade, e não méritos. É qualquer coisa de mais corruptor ainda do que o amor. Venderias a tua alma por amor.

Aprende a repelir a amizade, ou melhor, o sonho da amizade. Desejar a amizade é um grande erro. A amizade deve ser uma alegria gratuita como as que a arte ou a vida oferecem. É preciso recusá-la para se ser digno de recebê-la: ela é da categoria da graça («Meu Deus, afastai-vos de mim...»). É dessas coisas que são dadas por acréscimo. Toda a ilusão de amizade merece ser destruída. Não é por acaso que nunca foste amado... Desejar escapar à solidão é uma cobardia.

A amizade não se procura, não se imagina, não se deseja; exercita-se (é uma virtude). Abolir toda esta margem de sentimento, impura e enevoada. Schluss!

Ou melhor (pois não é necessário desbastar-se a si mesmo rigorosamente), tudo o que, na amizade, não passe por alterações efetivas deve passar por pensamentos ponderados. É absolutamente inútil privar-se da virtude inspiradora da amizade. O que deve ser severamente proibido é sonhar com os prazeres do sentimento. É corrupção. E é tão estúpido como sonhar com a música ou com a pintura.

A amizade não se deixa afastar da realidade, tal como o belo. E o milagre existe, simplesmente, no fato de que ela existe. Aos vinte e cinco anos é mais que tempo de acabar radicalmente com a adolescência...

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O MELHOR PATRÃO DO MUNDO NÃO É PORTUGUÊS




Os portugueses gostam de dizer, orgulhosamente, que têm o melhor jogador de futebol do mundo, o melhor vinho do mundo, das melhores paisagens do planeta, a melhor gastronomia, mas quando a conversa chega ao patrão… preferem deixam-se de patriotismos e só gabam o patrão se ele for estrangeiro.
O patrão português tem todos os defeitos: paga mal; foge aos impostos; esquece-se dos direitos do trabalhador; investe os lucros em bens pessoais e descapitaliza a empresa; não promove a formação profissional; é insensível aos problemas pessoais dos empregados; não premeia o mérito; é permeável à cunha.

Por contraste, o patrão estrangeiro quase só tem virtudes. Começa logo por ser estrangeiro, o que lhe dá imediatamente outro estatuto e outra imagem. Fala línguas; é educado, respeitador, cumpridor; valoriza o trabalho dos seus colaboradores.
Na verdade a diferença não é assim tão grande como o preconceito da maioria dos portugueses. O problema é que os portugueses detestam ter de trabalhar e ter de obedecer a outro português. Sentem-se menorizados, quase humilhados, por haver um “tipo como eles” a ditar-lhes ordens. Não pode ser! Ordens recebem de um alemão, um francês, ou dinamarquês, mas de um português é que não! Tenham lá santa paciência, mas receber ordens de um português não é para portugueses. Por isso boicotam-lhe as ordens, atrasam o serviço, põem em causa a sua competência para mandar.
Na Alemanha, em Inglaterra ou na Holanda são uns cordeirinhos: rápidos a cumprir as diretrizes, percebem todas as urgências do patrão, disponibilizam-se para trabalhar horas-extra se for preciso.
Com empregados assim, um país como Portugal só há de ser bem sucedido quando contratar patrões estrangeiros, para dirigir as nossas empresas. Adoramos ordens em inglês ou alemão. Como se percebem pior, cumprem-se melhor. Só pode ser isso…

Gabriel Vilas Boas

ANÁLISE DE AUDIÊNCIA – 5×02: Semana 4

Análise de audiência da TV - 5×02: Semana 4 (período de 23/01 a 28/01/2017).




Meta para o horário: 15 PONTOS
Meta de 15 pontos válida a partir de “Cobras & Lagartos”
Meta anterior: 18 pontos

Média semanal: 17.40

Média geral até o capítulo 95
Cheias de Charme – 16.54
Anjo Mau – 14.23
Caminho das Índias – 13.50
O Rei do Gado – 16.92
Cobras & Lagartos – 11.94
Caras & Bocas – 13.72
O Cravo e a Rosa – 13.30
O Profeta – 11.38
Da Cor do Pecado – 13.02
Chocolate com Pimenta – 14.89
Mulheres de Areia – 15.36

Médias mensais:
Setembro – 13.90
Outubro – 15.57
Novembro – 17.22
Dezembro – 16.59
Janeiro – 18.10



Meta para o horário: 17 PONTOS
Meta de 17 pontos válida a partir de “Malhação: Sonhos”
Meta anterior: 20 pontos

Média semanal: 19.40

Média geral até o capítulo 115
Pro Dia Nascer Feliz – 17.86
Seu Lugar no Mundo – 14.77
Sonhos – 14.25
Casa Cheia – 13.73
Escolhas: Intensa como a Vida – 13.73
Está Tudo Conectado – 15.38

Médias mensais:
Agosto – 19.62
Setembro – 16.68
Outubro – 16.61
Novembro – 18.50
Dezembro – 17.36
Janeiro – 19.60



Meta para o horário: 20 PONTOS
Meta de 20 pontos válida a partir de “Boogie Oogie”
Meta anterior: 25 pontos

Média semanal: 21.33

Média geral até o capítulo 131
Sol Nascente – 20.38
Êta Mundo Bom! – 25.41
Além do Tempo – 20.03
Sete Vidas (finalizada no capítulo 106) – 19.41
Boogie Oogie – 17.31
Meu Pedacinho de Chão (finalizada no capítulo 96) – 17.79
Joia Rara – 17.66
Flor do Caribe – 21.03
Lado a Lado – 18.00
Amor Eterno Amor – 23.25
A Vida da Gente – 21.75

Médias mensais:
Agosto – 24.33
Setembro – 20.72
Outubro – 19.38
Novembro – 20.53
Dezembro – 19.25
Janeiro – 21.75


Meta para o horário: 25 PONTOS
Meta de 25 pontos válida a partir de “Alto Astral”
Meta anterior: 30 pontos

Média semanal: 24.66

Média geral até o capítulo 70
Rock Story – 23.55
Haja Coração – 27.28
Totalmente Demais – 23.84
I Love Paraisópolis – 24.20
Alto Astral – 20.35
Geração Brasil – 19.94
Além do Horizonte – 18.22
Sangue Bom – 24.45
Guerra dos Sexos – 21.52
Cheias de Charme – 30.48
Aquele Beijo – 25.67

Médias mensais:
Novembro – 24.63
Dezembro – 22.07
Janeiro – 24.37


Meta para o horário: 35 PONTOS
Meta de 35 pontos válida a partir de “Império”
Meta anterior: 40 pontos

Média semanal: 28.66

Média geral até o capítulo 102
A Lei do Amor – 25.91
Velho Chico – 27.85
A Regra do Jogo – 26.00
Babilônia – 24.95
Império – 30.66
Em Família – 29.01
Amor à Vida – 35.03
Salve Jorge – 30.96
Avenida Brasil – 37.63
Fina Estampa – 38.70
Insensato Coração – 32.87

Médias mensais:
Outubro – 26.12
Novembro – 25.57
Dezembro – 24.59
Janeiro – 27.54



Meta para o horário: 6 PONTOS
Meta de 6 pontos válida a partir de “A Usurpadora”
Meta anterior: 5 pontos

Média semanal: 5.80 (recorde ngativo)

Média geral até o capítulo 10
Rubi – 6.00
A Usurpadora – 4.60
A Mentira – 4.40
Maria do Bairro – 5.10

Médias mensais:
Janeiro – 6.00



Meta para o horário: 6 PONTOS
Meta de 6 pontos válida a partir de “Mar de Amor”
Meta anterior: 5 pontos

Média semanal: 6.00

Média geral até o capítulo 53
Querida Inimiga – 5.47
Mar de Amor – 7.62
Cuidado com o Anjo – 6.13
Pérola Negra – 5.86
Maria Esperança – 6.50
Esmeralda – 5.47
Café com Aroma de Mulher – 4.37
Maria do Bairro – 5.16
Marimar – 5.03
Rosalinda – 4.20
Gotinha de Amor – 5.09

Médias mensais:
Novembro – 5.63
Dezembro – 4.95
Janeiro – 5.95


Meta para o horário: 6 PONTOS
Meta de 6 pontos válida a partir de “A Gata”
Meta anterior: 5 pontos

Média semanal: 6.60

Média geral até o capítulo 120
A Gata – 8.25
Meu Coração é Teu – 7.71
A Dona – 7.04
A Usurpadora (finalizada no capítulo 108) – 7.09
A Feia Mais Bela – 4.60
Por Teu Amor (finalizada no capítulo 35) – 3.91
O Privilégio de Amar – 4.72

Médias mensais:
Agosto – 9.23
Setembro – 9.81
Outubro – 9.28
Novembro – 7.77
Dezembro – 6.81
Janeiro – 6.90


Meta para o horário: 10 PONTOS

Média semanal: 10.80

Média geral até o capítulo 50
Carinha de Anjo – 11.40
Cúmplices de um Resgate – 11.18
Chiquititas – 11.66
Carrossel – 12.58

Médias mensais:
Novembro – 13.25
Dezembro – 11.31
Janeiro – 10.75


Meta para o horário: 8 PONTOS

Média semanal: 10.60

Média geral até o capítulo 99
Chiquititas – 11.46
Carrossel – 12.42
Rebelde – 5.83

Médias mensais:
Setembro – 11.86
Outubro – 11.95
Novembro – 11.72
Dezembro – 11.04
Janeiro – 10.80

 

Meta para o horário: 7 PONTOS

Média semanal: 8.40 (recorde positivo)

Média geral até o capítulo 190
Amor e Intrigas – 6.68
Prova de Amor – 6.44

Médias mensais:
Maio – 6.86
Junho – 6.13
Julho – 6.09
Agosto – 6.66
Setembro – 6.45
Outubro – 6.42
Novembro – 7.00
Dezembro – 6.86
Janeiro – 7.75


Meta para o horário: 7 PONTOS

Média semanal: 6.20

Média geral até o capítulo 95
Vidas em Jogo – 5.17
Chamas da Vida – 4.20
Dona Xepa (finalizada no capítulo 75) – 3.44

Médias mensais:
Setembro – 5.40
Outubro – 4.95
Novembro – 5.09
Dezembro – 4.95
Janeiro – 5.65


Meta para o horário: 10 PONTOS

Média semanal: 10.00

Média geral até o capítulo 15
A Escrava Isaura – 10.46
Escrava Mãe – 12.13

Médias mensais:
Janeiro – 10.46


Meta para o horário: 13 PONTOS
Meta de 13 pontos válida a partir de “Os Dez Mandamentos”
Meta de 10 pontos a partir de “Balacobaco” até “Vitória”
Meta de 15 pontos: “Vidas em Jogo” e “Máscaras”

Média semanal: 15.20

Média geral até o capítulo 148
A Terra Prometida – 14.43
Os Dez Mandamentos: 2ª Temp. (finalizada no capítulo 66) – 15.56
Os Dez Mandamentos – 15.20

Vitória – 6.06
Pecado Mortal – 5.56
Dona Xepa (finalizada no capítulo 91) – 6.94
Balacobaco – 6.67
Máscaras (finalizada no capítulo 125) – 5.85
Vidas em Jogo – 11.31

Médias mensais:
Julho – 15.31
Agosto – 14.68
Setembro – 13.59
Outubro – 15.09
Novembro – 14.22
Dezembro – 13.72
Janeiro – 14.55


Meta para o horário: 3 PONTOS

Média semanal: 2.00

Média geral até o capítulo 70
Ezel – 2.37
Sila: Prisioneira do Amor – 3.18
Fatmagül: A Força do Amor – 2.78
Mil e Uma Noites – 2.90

Médias mensais:
Novembro – 2.71
Dezembro – 2.25
Janeiro – 2.18

Gabriel Farac
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