Que levamos uma vida agitada, louca e apertada, isso já sabemos. Afinal, temos que lidar com isso todo dia. Temos tanta coisa para decidir, saber o melhor caminho a seguir para realizar os objetivos. Conforme o tempo passa, tudo tende a acontecer, as responsabilidades e escolhas vão se ajustando de acordo com a nossa maturidade.
Na infância temos quem tome as decisões por nós, e isso era tão mais prático, não? Na adolescência já começamos a ser cobrados pelo primeiro emprego, as notas boas na escola, e junto com isso a vontade de completar a maioridade para não ter que dar mais satisfação a ninguém.
Mas aí você se torna adulto e o peso fica ainda maior
Você percebe que essa é a fase em que mais vai ter que dar satisfação para os outros, que mais vai ter quem te cobre.
E a cobrança vem de todos os lados: primeiro você tem que ter a melhor formação, ter o melhor cargo e salário, comprar o carro do ano, estar rodeado de bons amigos, fazer viagens incríveis e com muita frequência, e depois, sem esquecer e não menos importante, a cobrança de ter um bom relacionamento duradouro, é claro.
Quem nunca se sentiu pressionado por ser questionado sobre qualquer coisa assim? É tanta pressão que às vezes você nem sabe se escolheu o certo, e cai na besteira de sentir medo e viver ansioso para conquistar coisas e pessoas que os outros dizem serem boas para você.
Quantas festas de família você já frequentou apenas para ouvir: “E os namoradinhos (as)? ”.
Essa frase já se tornou mais que clichê. Os acontecimentos não precisam ser iguais para todos, e nunca vão acontecer no mesmo período. Cada pessoa tem seu tempo e sua história.
Você sempre foi e será cobrada por não ter dado continuidade com aquele cara maravilhoso (aos olhos de todos). Ele é tão perfeito, responsável, apaixonado por você, bonito e cheiroso, mas você fez o quê? Dispensou o pobre rapaz. Ele tinha tudo isso, mas faltava algo, faltou te fazer morrer de rir, você não se apaixonou.
Mas isso já é o suficiente para apontarem o dedo na sua cara e dizerem que você não dá valor ao que é bom de verdade, e que só faz escolha errada. Pera, errado para quem? Não vamos dizer que sua vida está perfeita, mas também não chegou ao ponto de ser um grande erro.
E se não for a vida amorosa dos sonhos, vão dizer que você deveria procurar um emprego melhor, que te faça mais feliz, talvez mudar de área, quem sabe? Não importa qual seja o tópico, sempre vão querer te dizer o que deve fazer.
E você faz o que com isso? Ouve, filtra o que faz ou não sentido, mas no final, siga apenas as orientações do seu coração com uma pitadinha da sua razão.
As pessoas sempre terão essa mania, todo mundo cobra, espera que o outro avance cada vez mais, ou fica comparando o que é melhor ou pior. Você não precisa provar nada a ninguém, cada um enxerga o que convém, e sempre acharão motivos para dizer que você não fez o certo. Não dê tanto valor a isso.
Nem por isso você deve se sentir pressionado: conquiste o que você realmente quer no seu verdadeiro tempo, só você sabe o que é melhor para você. Pode não ser a melhor escolha, mas com certeza você aprenderá muito para que no momento certo, saiba agir de forma mais coerente, e o resultado será surpreendente.
Aos familiares e amigos tão preocupados com o rumo da vida alheia, vai um recado: a minha vida está bem interessante, obrigada!
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